Depois de algumas semanas ausente, finalmente me organizei para colocar o blog de volta á ativa! E, sem as garras da gripe que me deixou de cama por dias, hoje trago a resenha de uma das obras que adquiri na Bienal de 2018; As Coisas Não São Bem Assim, da Renata R. Corrêa. Tive o prazer de conhecer a autora durante o evento, e sua simpatia me fez comprar o livro mesmo sendo de um gênero que não ocupa grande espaço em meu coração. Me arrisquei, e... querem saber o resultado? É só ler a resenha :D
Nome: As Coisas Não São Bem Assim
Autora: Renata R Côrrea
Editora: Pandorga
Páginas: 136
Ano: 2017
Sinopse: Clarice, uma jovem estudante de medicina, perde seu namorado, que acreditava ser o grande amor da sua vida, às vésperas de formatura, após sofrerem um grave acidente de carro. Morre com Guilherme um pouco da alegria de viver de Clarice, da sua esperança e do seu futuro. Depois de mais de um ano do falecimento de seu amado, o destino coloca na vida de Clarice, Henrique, um jovem advogado viúvo e pai de Duda, uma menininha loira, muito esperta e amorosa. Envolvidos por um sentimento sincero, terão que enfrentar grandes dificuldades e um sofrimento inesperado. É uma bonita e delicada história sobre recomeço, fé, esperança e sobre o poder do amor.
No começo somos apresentados á fase de luto da protagonista, Clarice, após seu namorado morrer em um trágico acidente de carro. O triste ocorrido não arrancara apenas Guilherme de seu coração; junto dele, sua vontade de viver também fora enterrada a sete palmos. A culpa se mistura á tristeza e faz Clarice afastar tudo de si, passando dias e dias apenas na companhia da saudade que insiste em acompanha-la dia e noite.
Mas ela não desiste. Com ajuda de sua melhor amiga, Teresa, Clarice decide dar a volta por cima e mostrar a si mesma que pode conviver com esse espaço vazio dentro de seu coração. E é em uma dessas tentativas que encontra Henrique, chefe da amiga. Após perder a mulher de maneira abrupta, ele faz de tudo para impedir que sua tristeza atrapalhe os cuidados com Duda, sua filha de apenas 6 anos. E é nesse potinho de vulnerabilidade que os três descobrem como voltar a sorrir novamente.
Se eu precisasse escolher uma palavra para definir o livro, essa com certeza seria delicado. Logo no começo percebi que a intenção da obra não era apresentar ao leitor uma nova e instigante ideia, mas reafirmar aquelas que escutamos sempre mas que quase nunca damos ouvidos. A importância da vida, de se viver são tópicos explorados de um jeito que pode até soar clichê, mas se mostra verossímil com o passar das páginas. O livro pode fugir completamente do meu gosto literário, mas conseguiu prender minha atenção do começo ao fim.
Acredito que o maior dos pilares que sustentam As coisas não são bem assim seja a ingenuidade e pureza das relações construídas pela autora. A amizade de Clarice com Duda, filha de Henrique, mostrou com clareza a importância de se ter alguém de fora para te estender a mão. A doçura da menina com a vontade de Clarice deram um toque de suavidade que nunca encontrei nesse tipo de relação em outras obras.
E isso também se deve ao fato da autora ter pego o simples e desenvolve-lo de modo perfeito, evitando atirar para todo canto esperando acertar a fórmula do sucesso. A história é isso que você lê na sinopse mesmo, sem grandes revelações ou acontecimentos. Mas tudo foi tão bem conduzido que você nem liga se os personagens passarem mais alguns capítulos fazendo exatamente a mesma coisa. A intenção do livro é clara, as lições estão expostas, e cabe somente ao leitor decidir como ele ira consumir isso.
Tenho apenas algumas ressalvas. Por mais que a escrita da autora tenha me agradado bastante, alguns erros no texto e o uso exagerado de exclamações acabaram atrapalhando bastante a leitura. Essa paixão por exclamações talvez agrade alguns leitores, mas eu sempre leio os diálogos que utilizam-na como gritos ou vozes alteradas. A dificuldade que tive ao imaginar as cenas foi algo constante na leitura, e me vi tentando reeducar minha mente para trocar automaticamente as exclamações por pontos finais. Esse problema não é só nesse livro, aliás. Muitos autores nacionais acabam deixando seus personagens infantilizados ao exagerar no tom de expressão dos mesmos, fazendo momentos de raiva parecer birra de crianças mimadas. Por mais que esse problema seja recorrente, não consigo me adaptar e isso sempre acaba afetando minha impressão final.
Comentário Geral: A resenha talvez tenha ficado curta, mas realmente não tenho muito a dissecar no enredo. Acho que a única coisa que consigo expressar de forma completa é a sensação de paz que tive ao efetuar a leitura. É uma história linda, que te toca o coração e faz seus olhos suarem um tiquinho demais. Se você curte os dramas do Nicholas Sparks, pode apostar na Renata sem medo. Mesmo não sendo fã do gênero, me conectei a história e senti todas as emoções que ela quis passar. Com personagens carismáticos e um enredo coeso, As coisas não são bem assim cumpre seu papel ao entregar uma obra cuja lição final seja a clichê, mas inegavelmente verdadeira, viva e seja feliz!
E ai, o que acharam da resenha? comentem! E não esqueçam de adicionar o livro em suas estantes no Skoob, pois isso ajuda bastante os autores!
Abraços,
Escutei 1965, da Zella Day, enquanto escrevia esse post.
Que resenha linda! Muito obrigada. Quanto às exclamações é algo que já aprendi e melhorei na minha escrita. Adoro estudar e tenho buscado me aperfeiçoar.
ResponderExcluirObrigado por ler a resenha!
ExcluirVi que tu comentou no ig que logo vai lançar uma nova versão... ficarei de olho para ler de novo! E seu outro livro também <3
Abraço!
Que resenha linda, a Renata é maravilhosa :D
ResponderExcluirhttp://submersa-em-palavras.blogspot.com/