❂ Nós adoramos gente linda e destruída por dentro. ❂
É inegável que Daisy Jones & The Six, da americana Taylor Jenkins Reid, é um dos maiores sucessos literários dos últimos anos. A obra, que já alcançou o topo na lista dos mais vendidos em vários países pelo mundo, viu novos horizontes com o lançamento de sua adaptação para o audiovisual, que conta com produção executiva da atriz Reesie Witherspoon e lançamento mundial através do Amazon Prime. Por tudo isso, reuni neste post 4 motivos para você conhecer essa história - seja pelo livro, pela série ou ambos!
Autor(a): Taylor Jenkins Reid
Tradutor(a): Guilherme Boide
Editora: Paralela
Páginas: 244
Ano: 2019
Sinopse: Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, dominavam as paradas de sucesso, faziam shows para plateias lotadas e conquistavam milhões de fãs. Eram a voz de uma geração, e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, eles se separaram. E ninguém nunca soube por quê. Até agora.
Esta é história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. E de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou (certo!) que juntos poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a intensidade presente nos melhores backstages do rock’n’roll.
1º - Personagens que fogem da dualidade
Um dos pontos altos dessa história, pra mim, foi que nenhum personagem caiu na superficialidade da dualidade moral. Não há pessoas boas ou más em Daisy Jones – a autora cria retratos tão complexos que, por vezes, esquecemos de que são ficcionais. Isso enriqueceu também as relações e os conflitos retratados no enredo, com tensões bem argumentadas e de difícil resolução, deixando o julgamento por conta do leitor.
2º - Backstage do cenário músical
A autora deve ter pesquisado bastante sobre o cenário musical enquanto escrevia, pois o retrata de forma tão complexa que só consigo imaginar sendo obra de alguém que realmente viveu aquilo. É tudo tão real, com tantos detalhes, que pode facilmente enganar o leitor e deixa-lo pensando ter lido algo baseado em fatos reais.
3º - Narrado através de entrevistas
Logo no início vemos que o livro é narrado como se fossem entrevistas com os artistas e outras pessoas envolvidas, retratando o período que marca a ascensão e o auge tanto de Daisy Jones quanto do The Six. O estilo em que a história foi contada tornou a leitura ágil, já que os personagens fugiram de detalhes irrelevantes e narraram os acontecimentos de forma objetiva. Apesar da imparcialidade desses relatos, os vários pontos de vista contribuíram para entregar ao leitor os acontecimentos de forma "fidedigna".
4º - Daisy f*cking Jones
Daisy Jones tem tudo o que chama a atenção do público: talento, honestidade e rebeldia. É, basicamente, uma rock star no mais puro sentido, o que mostra a eficácia da autora em construir uma personalidade que cativaria multidões – se existisse. É fácil se apaixonar pela Daisy enquanto acompanhamos seus relatos, os altos e baixos de uma pessoa nem-sempre-estável lidando com acontecimentos que fogem completamente de seu controle.
E esse foi o primeiro post resgatado dos rascunhos do blog! Escrevi um pouco antes da série estrear e, depois de assistir, fico feliz de ter encontrado os mesmos elementos positivos adaptados. Enquanto relia os motivos, inclusive, consegui resgatar o amor que senti pelos personagens durante a leitura. Uma boa hora para escutar o álbum, né?
Escutei Regret Me, de Daisy Jones & The Six, enquanto escrevia este post.
