Entre partidas de shogi e silêncios cheios de sentimento, Sangatsu no Lion retrata com sensibilidade a solidão, o luto e o crescimento de um jovem prodígio. Quer saber o que achei da leitura? leia a resenha a seguir :)

Título: Sangatsu No Lion: O Leão de Março (#1)
Autora: Chica Umino
Tradutor(a):
Editora: JBC
Páginas: 184
Ano: 2023
ISBN: 978-6555943993
Nota do blog★★★★★ (3/5)
Onde encontrarAmazon / Goodreads / Skoob
Sinopse: Rei Kiriyama é uma das poucas elites no mundo do shogi. Ainda no ensino médio, alcançou o status de jogador profissional e, por isso, enfrenta uma enorme pressão, tanto da comunidade shogi quanto de sua família adotiva. Buscando a independência de sua vida tensa em casa, ele se muda para um apartamento em Tóquio. Como um jovem de 17 anos vivendo sozinho, Rei tende a cuidar mal de si mesmo, e sua personalidade reclusa o ostraciza de seus colegas na escola e no shogi hall. Quando Rei conhece Akari, Hinata e Momo Kawamoto, sua vida começa a mudar. Enquanto luta para se manter física e mentalmente ao longo de sua carreira de shogi, Rei deve aprender a interagir com os outros e entender suas próprias emoções complexas.

Preciso começar a resenha informando que esse não é o tipo de obra que me desperta o interesse. Para todos os estilos e formatos de literatura, geralmente fico na área da ficção especulativa (fantasia, ficção científica), explorando outros gêneros apenas quando obras específicas possuem detalhes que me chamem a atenção. No caso de Sangatsu no Lion, o atrativo foi uma promoção da Amazon. Estava sem mangás para ler e, pelo preço, resolvi arriscar.


As expectativas estavam baixas, e a leitura entregou exatamente o que eu esperava: algo lento, introdutório, que apresentasse as coisas de modo superficial porém com a sugestão de um desenvolvimento futuro.


Em um clima "cozy", a autora faz uma ambientação eficaz cuja abrangência vai do protagonista – que perdeu os pais recentemente – ao seu contexto, passando por suas motivações e acontecimentos que devem se desenrolar nos próximos números. 


Nesse começo, acompanhamos o personagem principal, Rei Kiriyama, vivendo delicadamente enquanto tenta enterrar toda emoção além do seu controle em sua rotina diária, entre os campeonatos de Shogi (espécie de jogo de tabuleiro) e as interações com as irmãs da família Kawamoto. Essas, inclusive, tem algo em comum com Rei: também órfãs, Akari, Hinata e Momo Kawamoto aprenderam a cuidar de si mesmas apenas com a ajuda do avô, já idoso.


E o enredo desse primeiro volume é, basicamente, isso. Não há grandes acontecimentos ou algo que prenda um leitor disperso, tampouco essa é a proposta da obra. Acredito que a autora quis construir primeiro a base da história, apresentando ao leitor os personagens e o cenário, para depois introduzir na trama seu real objetivo.


Para quem gosta do gênero, essa introdução pode satisfazer e animar para os próximos números (quatro, no total). Para mim, porém, essa vontade não existe. Os traços são bonitos e a narrativa segue um fluxo constante, mesmo que calmo, mas ainda é um gênero que não me desperta o interesse. Para quem se interessou, porém, é uma obra que recomendo.


Escutei Good For You, da Selena Gomez, enquanto escrevia o post.

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